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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Mas não estou só, porque o Pai está comigo. (Jo 16.32.)


Não é preciso dizer que, agir segundo convicções, é sacrifício
custoso. Poderá significar renúncias e separações, que poderão nos
deixar com um estranho sentimento de privação e solidão. Mas aquele
que deseja voar como a águia, para as maiores alturas, acima das
nuvens, e viver ao sol de Deus, precisa contentar-se em viver uma vida
de certa forma solitária.
Nenhum pássaro é tão solitário como a águia. A águia não vive em
bandos. Quando muito se vêem duas de uma vez. Mas a vida vivida para
Deus, embora desprovida de companhias humanas, conhece a
comunhão com Deus.
Deus procura homens semelhantes à águia. Ninguém chega a
uma percepção das melhores coisas de Deus, sem que aprenda a andar
a sós com Ele. Encontramos Abraão sozinho nas alturas de Horebe, mas
Ló, habitando em Sodoma. Moisés, instruído em toda a ciência do Egito,
precisa ficar quarenta anos no deserto a sós com Deus. Deus sabe mudar as
circunstâncias a fim de nos dar uma experiência a sós. Um dia nós nos
pomos nas mãos de Deus, submissos; e eis que Ele nos conduz através
de alguma coisa. Porém, quando isso passa, embora continuemos a amar
do mesmo modo os que nos cercam, não dependemos mais deles.
Percebemos que Ele fez alguma coisa em nós e que as asas da nossa
alma aprenderam a sobrevoar alturas maiores.
Precisamos atrever-nos a ficar sós. Jacó precisou ser deixado só,
para que o Anjo de Deus segredasse ao seu ouvido o místico nome de
Silo; Daniel precisou ser deixado a sós, para que tivesse visões celestiais;
João precisou ser exilado em Patmos, para que pudesse receber e reter
firmemente "as impressões do céu".
Ele atravessou o vale da dor sozinho. Estamos preparados para

um "glorioso isolamento", a fim de sermos leais a Ele?